Relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta sexta-feira (14) revelou que o Brasil perde R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar.
De acordo com o estudo, o valor corresponde a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) de Belo Horizonte, permitiria a manutenção de cerca de quatro milhões de crianças nas escolas e é quase três vezes o orçamento do Ministério do Meio Ambiente em 2007.
A reciclagem do plástico geraria, sozinha, quase R$ 6 bilhões por ano, aponta a pesquisa. No caso da celulose, segundo material mais promissor, o valor gira em torno de R$ 1,6 bilhão. No entanto, o alumínio é o que produz mais benefícios por tonelada.
O estudo também analisa os benefícios associados á redução da emissão de gases do efeito estufa (GEEs) e à comercialização de créditos de carbono. O IPEA estima que o valor médio do preço da tonelada de gás carbono que se evita produzir seja de 15,4 euros, ou R$ 33,42.
Repercussão
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se baseou nos dados do estudo e criou um grupo de trabalho para avançar na reestruturação do primeiro Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos, associado à coleta de lixo e às cooperativas de catadores.
O grupo terá 45 dias para definir como o programa será aplicado, propor fontes de recursos e forma de repasse.
O diretor de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Silvano Silvério, afirmou que o programa tem com objetivo incentivar a reciclagem no país, onde apenas 12% dos resíduos sólidos urbanos e industriais são reciclados e 14% da população brasileira são atendidas pela coleta seletiva.
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