terça-feira, 4 de maio de 2010

Saneamento é inexistente para 700 milhões de pessoas no mundo


Qui, 29/Abr/2010 00:00 Agua e Saneamento

Banco Mundial alerta que 2,5 bilhões de pessoas em todo o Planeta vivem sem instalações sanitárias adequadas. Linhas de financiamento do BIRD vão ser mostradas durante o Seminário 2014 - Saneamento na Rede, no Rio de Janeiro em painel com a Caixa e BNDES
Estudo divulgado pelo programa de água e saneamento do Banco Mundial afirma que cerca de 700 milhões de pessoas permanecem sem nenhum tipo de saneamento básico e 2,5 bilhões delas vivem sem instalações sanitárias adequadas. Este será um dos assuntos discutidos durante o evento “2014 - Saneamento na Rede - A chance de um gol de placa na universalização dos serviços de água e esgoto”, que acontece de 18 a 20 de maio no Rio de Janeiro, que já tem a participação confirmada do especialista sênior em saneamento do Banco Mundial (BIRD), Marco Thadeu Abicalil.
Segundo o programa de água e saneamento do Banco Mundial, embora proporcionalmente a quantidade de pessoas sem acesso a esses serviço venha diminuindo consideravelmente nas últimas décadas, a carência continua, em números absolutos, acompanhando um crescimento populacional de 779 milhões de pessoas desde 1990.
A região com os piores números do planeta é o sudeste asiático, embora os países da área tenham reduzido em 17 pontos percentuais a proporção de pessoas que ainda precisam defecar e urinar ao ar livre, sem nenhuma separação sanitária, em um período de 16 anos. Em 1990, o índice naquela região era de 65% da população; ele caiu para 48% – pouco menos da metade da população – até 2006, data da mais recente estimativa do WSP. Na média mundial, a queda foi de 24% para 18%.
Abicalil participa de painel no primeiro dia do encontro, que tem como tema “Linhas de Financiamento: como agilizar a liberação de recursos”. Junto a ele, estarão na mesa para discutir o assunto, o Superintendente Nacional de Saneamento e Infraestrutura da CEF, Rogério de Paula Tavares, além de Élvio Gaspar, Diretor de Infraestrutura do BNDES e Márcia Casseb, do BID, convidados para o evento.
Além deste, outros assuntos nas áreas de abastecimento de água, esgoto sanitário, drenagem e resíduos sólidos serão discutidos durante o Seminário “2014 Saneamento na Rede, com o objetivo de buscar caminhos para agilizar os projetos, visando a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e do Rio de Janeiro para abrigar os Jogos Olímpicos em 2016. Estes fatores deverão agilizar os investimentos no setor de saneamento no Brasil, que ainda hoje ostenta um déficit da ordem de 50% na área de esgotamento sanitário. E pode representar uma chance de ouro para a universalização dos serviços, pelo menos nos 12 estados que vão sediar a Copa, inclusive no Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas.
O evento é realizado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a Planeja & Informa Comunicação e Marketing. Entre as presenças confirmadas, além do diretor presidente do Instituto Trata Brasil, Raul Pinho, e dos citados acima, estão também: João Viol, do SINAENCO; Adalberto Piotto, embaixador do Instituto Trata Brasil; Carlos Roberto Vieira da Silva Filho, diretor executivo da ABRELPE; e Natal Garrafoli, diretor executivo da ASFAMAS. O encontro tem programado um painel reunindo as empresas operadoras dos serviços de saneamento das 12 cidades brasileiras que vão sediar a Copa do Mundo. 

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