terça-feira, 11 de maio de 2010

Inea quer conhecer planos da Petrobras para acidentes na Bacia de Campo

Dom, 09/Mai/2010 00:00 Política Ambiental
Por Paulo Roberto Araújo *



RIO - Numa reunião marcada para esta sexta-feira com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os técnicos do Ibama vão explicar detalhes dos planos de contingência que serão colocados de prática em casos de acidentes com as plataformas de petróleo da Bacia de Campos. Durante o encontro, na sede do Inea, no Rio, será criado um grupo de trabalho que vai tirar lições do acidente coma a plataforma de petróleo que provocou um desastre ambiental no Golfo do México.

-- Vamos analisar o plano de contingência americano para aperfeiçoar os nossos, exigindo mais das companhias de petróleo que são responsáveis pelos planos da emergência da região costeira fluminense.
Precisamos saber se os recursos são suficientes para emprego em caso de acidentes nas plataformas -- disse o presidente do Inea, Luiz Firmino, que foi secretário-executivo do Consórcio Ambiental Lagos-São
João, na Região dos Lagos.

Ainda segundo Firmino, o acidente no Golfo do México reforça a necessidade de o Estado do Rio receber os royalties do petróleo, de onde saem os recursos do Fundo Estadual de Controle Ambiental (Fecam).

-- Todos os recursos para prevenção de tragédias saem do Fecam. Até os tratores do Inea que trabalham no Morro do Bumba, em Niterói, foram adquiridos com dinheiro do Fecam, que também financiou a compra de um avião, um helicóptero e equipamentos para o Inea e para o Corpo de Bombeiros -- acrescentou Firmino.

O prefeito de Macaé, Riverton Mussi (PMDB), tem a mesma opinião:

-- É preciso saber com precisão se o plano de contingência é adequado para situações parecidas, ou não tão graves, quanto esta que aconteceu no Golfo do México. Nossa apreensão com catástrofes ambientais
aumentou -- disse Mussi. 

Secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Ilha Grande e ex-prefeito de Angra dos Reis, disse que mais do quenunca o Estado do Rio precisa dos royalties do petróleo porque serão os municípios que sofrerão os prejuízos de um eventual acidente nos campos de exploração de petróleo ou nos terminais marítimos que recebem o óleo produzido na Bacia de Campos. Jordão fez ironizou o deputado federal Ibsen Pinheiro, autor da emenda que retira R$ 7 bilhões por ano com a redistribuição dos royalties:

-- O Ibsen Pinheiro deveria ser convidado para integrar o grupo de trabalho e depois integrar a comissão de parlamentares que vai aos Estados Unidos ver os estragos provocados pelo acidente com a plataforma.

* O Globo Rio

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