segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Novo relatório do PNUMA destaca Políticas Públicas Sustentáveis e Trajetória de Investimento Rumo à Rio +20

Investimento de 2% do PIB mundial em um novo modelo econômico pode combater a pobreza e gerar um crescimento mais verde e eficiente. Nairóbi, 21 de fevereiro de 2011 - De acordo com o relatório lançado hoje pelo PNUMA, investir dois por cento do PIB mundial em dez setores estratégicos pode ser o pontapé inicial para a transição rumo à uma Economia Verde de baixo carbono e eficiência de recursos. Apoiada por políticas nacionais e internacionais inovadoras, a soma, que atualmente correspondente a cerca de 1,3 trilhão de dólares por ano, fomentaria o crescimento da economia global a níveis provavelmente superiores aos dos atuais modelos econômicos.

O relatório sugere um modelo econômico que evitaria riscos, choques, escassez e crises cada vez mais inerentes na atual economia de alta emissão de carbono. Sendo assim, contesta os mitos de que investimentos ambientais vão contra o crescimento econômico, trazendo à tona a má alocação de capital. O relatório mostra a Economia Verde como um tema relevante não apenas para as economias mais desenvolvidas, mas também como um catalisador-chave para o crescimento e erradicação da pobreza nas economias em desenvolvimento, nas quais, em alguns casos, cerca de 90% do PIB está ligado à natureza ou a recursos naturais tais como a água potável.









O relatório traz como exemplo resultados de políticas que redirecionam cerca de 1,3 trilhão de dólares por ano em investimentos verdes e por meio de dez setores estratégicos, o equivalente a aproximadamente 2% do PIB mundial. Em termos comparativos, esse montante equivale a 10% do investimento total anual em capital físico.









Atualmente, o mundo gasta entre 1% e 2% do PIB global em uma série de subsídios que, geralmente, prolongam a insustentabilidade do uso de recursos tais como combustíveis fósseis, agricultura, água e pesca.









Grande parte dessas ações contribui para intensificar os danos ambientais e ampliar a ineficiência na economia global. Diminuí-las ou eliminá-las poderia gerar múltiplos benefícios no processo de liberação de recursos para financiar uma transição rumo à Economia Verde.

Exposição sobre Evolução

"Revolução dos bichos" é uma exposição sobre a evolução, que o Espaço Ciência inaugura nessa quinta-feira, 3 de fevereiro, e marca também a abertura das atividades anuais do maior museu científico ao ar livre do País. Montada a partir das contribuições feitas pelas pesquisas de Charles Darwin, a mostra revela a radical mudança de paradigma no entendimento do mundo vivo. É que, até a publicação de "A origem das espécies" (em 1859) e "A descendência do homem e a seleção ligada ao sexo" (em 1871), os biólogos adotavam a ideia de que as espécies eram as mesmas desde a origem do nosso planeta – e de que o homem ocupava a posição mais importante entre todas elas.
São essas mudanças que autorizam dizer que o conhecimento sobre a evolução biológica sofreu uma verdadeira revolução, daí o nome da exposição. A importância da nova perspectiva pode ser comparada às mudanças que a obra do astrônomo, físico e matemático Isaac Newton provocou ao demonstrar que a Terra não era o centro do universo – isso no final do século XVII. Uns 150 anos depois da publicação das pesquisas de Charles Darwin, com as confirmações trazidas pela geologia, pela paleontologia, pela genética e pela biologia molecular, não existe mais hoje nenhum biólogo sério que não inscreva o seu trabalho dentro da Teoria da Evolução.

A exposição é uma produção do Espaço Ciência e da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência (ABCMC), com financiamento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT/CNPq). A curadoria é do professor Valdir Luna, do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com projeto arquitetônico de Fátima Ximenes, sob coordenação do Professor Antonio Carlos Pavão, diretor do Espaço Ciência.

Espaço Ciência (Complexo de Salgadinho, Parque 2 - Olinda). A exposição será aberta ao público nos horários normais de visitação e ficará à disposição o ano todo. A entrada é franca e grupos podem agendar visitas pelo número (81) 3183.5531.

Evento sobre sustentabilidade no Rio de Janeiro

O projeto "CASA VIVA - Transforma sua Casa num Pedacinho do Planeta", que acontece de 07 a 10 de abril, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. Trata-se de uma iniciativa inédita, que já conta com apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e patrocínio da PETROBRAS, ElETROBRAS, CEDAE, CANTÃO, ELECTROLUX e outros parceiros públicos e privados do setor produtivo e/ou envolvidos com a área ambiental e de saneamento, eficiência energética, consumo de água, consumo consciente etc. O evento pretende reunir o maior número de atores possível, de maneira a mostrar na prática que é possível adotar hábitos sustentáveis no dia a dia - na verdade, um grande encontro da sociedade com a sustentabilidade.

O pioneirismo da CASA VIVA se destaca na casa conceito (Minha CasaViva), que possibilitará a participação das empresas com materiais, produtos, tecnologias, equipamentos, eletrodomésticos e utensílios em sua estrutura e no uso diário. Além das atividades interativas com o público em seus cômodos, que vão desde um talkshow na sala de estar, noções de economia de água (banheiro, lavanderia), aulas de culinária na cozinha com produtos mais orgânicos até o esclarecimento do projeto e funcionamento da casa modelo. O projeto, que deverá ser certificado pelo PROCEL e CEF, está a cargo da arquiteta Alexandra Lichtenberg, do EcoHouse Urca. CASA VIVA conta também com: EcoShow (área de exposição), EcoDebate (ciclo de palestras), EcoNegócios (sala privativa para negócios), EcoVip (área privativa do palestrante e autoridades) e EcoNotícias (área privativa para imprensa).

Maiores informações: Vanessa Pasqualucci e Mary Rocha. Tel./Fax.: 55 11 3796.0666 - Celular Claro 55 11 9374-2719 - Nextel 55 11 7755.1855 - ID 100*54275

Plástico vira óleo no Japão

Visando diminuir as emissões de CO2 e elevar a eficiência energética, os japoneses inventaram uma forma de transformar plástico em combustível. Veja no youtube abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=qGGabrorRS8&feature=player_embedded#at=255

Ilha sustentável

A ilha dinamarquesa de Lolland – um conjunto de vilarejos com 70 mil habitantes que vivem, basicamente, da produção de açúcar de beterraba – pretende ser a primeira comunidade movida exclusivamente pelas chamadas novas energias renováveis (no caso, eólica e hidrogênio). Elas se distinguem das renováveis tradicionais, como grandes hidrelétricas e a queima de lenha, que podem ter impactos ambientais consideráveis.

A revolução de Lolland começou em 2006, quando o governo local construiu uma aliança com empresas dinamarquesas desenvolvedoras de tecnologia. Juntas, elas instalaram um parque de geração eólica que hoje gera 50% mais eletricidade do que a demanda da população.  O problema é que a energia eólica tem de ser consumida imediatamente, não pode ser armazenada para uso futuro. Então, o grupo decidiu investir num projeto que permitisse aproveitar todo esse potencial e também descentralizar a geração energética. Em 2007, foi inaugurada em Nakskov, a principal cidade da ilha, uma unidade que usa a eletricidade gerada pelo vento para quebrar moléculas de água, separando o oxigênio e o hidrogênio. O oxigênio é enviado para uma estação de tratamento de esgotos próxima, para aumentar a eficiência da degradação biológica dos poluentes. Já o hidrogênio é estocado em tanques pressurizados.

De lá, ele segue por pequenos gasodutos até algumas casas da região. Ali foram instaladas unidades domésticas de célula combustível alimentadas pelo gás. Semelhantes a caldeiras, elas são capazes de gerar tanto calor quanto eletricidade. Apesar de compactas – são do tamanho de um refrigerador -, têm potência de 2 quilowatts. O sistema também permite que a eletricidade excedente produzida pelas residências seja jogada na rede, para consumo em imóveis ainda não adaptados. Células de combustível domésticas foram inicialmente instaladas em cinco casas que até então consumiam gás natural e óleo. Graças ao novo sistema, elas deixaram de emitir carbono. Até o ano que vem, pelo menos 40 casas deverão ter sido integradas a esse sistema. A meta é continuar a expandir o modelo até atender toda a população local.

Você pode ler uma apresentação detalhada sobre o projeto (em inglês) aqui.