Bento XVI vê desleixo do homem moderno na preservação dos recursos naturais
Por Chico Araújo
Brasília, DF – O desleixo e o abuso do homem moderno em relação à terra e aos bens naturais são tão maléficos quanto aos numerosos perigos que ameaçam a paz e o autêntico desenvolvimento integral do homem – guerras, conflitos internacionais e regionais, atos terroristas, trabalho escravo e de seres humanos, entre outros semalhantes.
A observação é feita nfeita pelo Papa Bento XVI na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, divulgada no início de janeiro, cujo conteúdo não mereceu destaque nos meios de comunicação. Com a mesnagem, Sua Santidade chama a atenção dos homens do mundo inteiro para as questões ambientais que afentam os quatro cantos do planeta. E faz uma alertas: “Se quizeres cul,tivar a paz, preserva da criação”.
Segundo Bento XVI, o desenvolvimento integral do homem é intimamente ligado com os deveres que nascem da relação do homem com o ambiente natural, “uma dádiva de Deus”. O Papa também defende a necessidade de uma nova consciência ecológica, de forma a evitar que, num futuro próximo, o homem moderno crie uma ambiental glogal que lhe possa tornar insuportável.
Na sua mensagem, o Papa afirma que a crise ecológia pela qual o mundo atual exige uma nova solidariedade entre os homens. Assim, acredita Bento XVI, o homem moderno não ficaria indiferente a fenômenos que pipocam em diversas regiões do planeta, entre os quais as alterações climáticas, a desertificação, o deterioramento e a perda de produtividade de vastas áreas agrícolas, a poluição dos rios e dos lençóis de água, a perda da biodiversidade, o aumento de calamidades naturais, e o desflorestamento das áreas equatoriais e tropicais.
Diante dessa situação, Bento XVI defende “revisão profunda e clarividente do modelo de desenvolvimento” , além de uma reflexão sobre o sentido da economia e dos seus objetivos, de forma a corrigir as suas disfunções e deturpações. O Papa considera preocupante o está de saúde ecológica da terra. “A humanidade tem necessidade de uma profunda renovação cultural; precisa de redescobrir aqueles valores que constituem o alicerce firme sobre o qual se pode construir um futuro melhor para todos.”
Bento XVI acrescenta as crises pelas quais o mundo passa são de caráter econômico, alimentar, ambiental ou social, mas, no fundo, são também crises morais. Elas obrigam a projetar de novo a estrada comum dos homens. O Papa ainda defende um novo modo de vida para o homem atual, um modo de viver marcado pela sobriedade e solidariedade, capaz de guiar a humanidade para uma gestão globalmente sustentável do ambiente e dos recursos da terra.
”O homem é chamado a concentrar a sua inteligência no campo da pesquisa científica e tecnológica e na aplicação das descobertas que daí derivam”, ressalta Bento XVI. Ainda de acordo com o Papa, atualmente são muitas as oportunidades capazes de fornecer soluções satisfatórias e respeitadoras da relação entre o homem e o ambiente. “Por exemplo, é preciso encorajar as pesquisas que visam identificar as modalidades mais eficazes para explorar a grande potencialidade da energia solar”, lembra.
A mesma atenção se deve prestar à questão, hoje mundial, da água e ao sistema hidrogeológico global, cujo ciclo se reveste de primária importância para a vida na terra, mas está fortemente ameaçado na sua estabilidade pelas alterações climáticas. De igual modo deve-se procurar apropriadas estratégias de desenvolvimento rural centradas nos pequenos cultivadores e nas suas famílias, sendo necessário também elaborar políticas idôneas para a gestão das florestas, o tratamento do lixo, a valorização das sinergias existentes no contraste às alterações climáticas e na luta contra a pobreza.
Para ler a íntegra da mensagem do Papa Bento XVI clique aqui.
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