Por Walter Martin Widmer
Esse texto explora as maneiras como o ser humano vem buscando resolver o problema do lixo nas praias. Em outras palavras, as linhas abaixo abordam a gestão do problema do lixo praial.
De maneira bastante ampla, as iniciativas gerenciais para reduzir esse problema podem ser divididas em duas estratégias fundamentais: (a) retirar periodicamente o lixo que já se encontra na areia; e (b) evitar que o lixo venha a se depositar na areia.
A retirada periódica do lixo é a abordagem mais convencional. Inclui a prática freqüente das prefeituras dos nossos municípios costeiros em deslocar equipes de trabalhadores para limpar algumas praias. Em países onde a mão-de-obra é relativamente barata, como no Brasil, essa atividade ainda é pouco mecanizada, com o uso intensivo de trabalhadores, que utilizam carrinhos-de- mão, pás, rastelos, ancinhos e outras ferramentas similares. Essa atividade é mais freqüentemente praticada nos meses de verão, quando a quantidade de lixo costuma ser maior e é vista por um número maior de pessoas. É comum que tais atividades sejam reduzidas ou até mesmo interrompidas no inverno. A lógica das nossas prefeituras parece ser a de que o custo de limpeza da praia só se justifica quando essa ação ganha bastante visibilidade, o que tipicamente ocorre nos meses quentes, quando a praia é bastante visitada, quer por moradores do município (gerando um benefício político para o administrador público), quer por turistas (gerando um benefício econômico para esse setor). Em outras praias, a ausência da ação da prefeitura faz com que a iniciativa privada interessada (hotéis, restaurantes, bares de praia, entre outros) tome para si a responsabilidade de retirar o lixo da praia. Em países desenvolvidos, onde a mão-de-obra é mais cara, o uso de maquinário específico para esse fim, tais como tratores especiais, é mais vantajoso economicamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário