quarta-feira, 10 de março de 2010

Refugiados climáticos do Alasca constroem nova vila

Qui, 04/Mar/2010 00:23 Mudanças climáticas

Yereth Rosen 

Residentes de uma pequena vila esquimó  Yup"ik estão se preparando para se tornar os primeiros refugiados climáticos dos Estados Unidos porque suas casas estão literalmente perdendo o chão com o derretimento da “permafrost” (solo formado por terra, rochas e gelo que permanece permanentemente congelado em toda a faixa do Ártico).

Eles moram em Newtok, uma aldeia de 350 pessoas que está sofrendo um sério problema de erosão pelo Rio Ninglick.

Agora eles estão construindo uma nova vila chamada Mertarvik, em um local mais alto, com a ajuda do Departamento da Defesa dos EUA. Os esquimós devem se mudar para lá em 2012.

Newtok fica a cerca de 805 km a oeste de Anchorage e muito distante de qualquer estrada está entre as aproximadamente 200 vilas nativas que o governo norte-americano avaliou como em risco, devido às inundações e à erosão, ligadas ao aquecimento do clima da região. Nos piores casos, a permafrost está sendo devorada por grandes ondas causadas pelas águas recém descongeladas das geleiras.

Em quatro locais, incluindo Newtok, as condições são tão perigosas que outras vilas inteiras também têm planos para se realocar, afirmam engenheiros do exército. Eles estimaram em 2006 que essas vilas tinham menos de 10 anos até que seus lares fossem destruídos.

Porém, exceto por Newtok, pouco progresso houve nessas realocações desde então, afirmou o Gabinete de Contas Governamentais.

O Gabinete culpa o alto custo, até US$ 200 milhões por vila, pelo pouco avanço e a falta de qualquer agência governamental em assumir responsabilidade para cuidar do problema.

Treinando para o Iraque


“Será que eu morrerei antes de ver isso resolvido? As pessoas estão se preparando a mais de 20 anos e elas estão cansadas”, afirmou MIllie Hawley, coordenadora ambiental de uma outra vila em risco, Kivalina.

Para Newtok, o custo da realocação foi avaliado há alguns anos em US$ 130 milhões.

Porém, coletando recursos de vários locais, como ONGs, e fazendo boa parte do trabalho eles mesmos, os moradores da vila estão conseguindo baratear esse custo.

Eles dividiram o problema em partes e estão contando com a ajuda da marinha e dos fuzileiros navais, que estão em treinamento na região.

Os militares chegaram em Newtok no ano passado e lançaram um programa de construção que esperam servir de modelo para a reurbanização de zonas de guerra, como o Afeganistão e o Iraque.

A campanha para mover Newtok começou há décadas. No começo dos anos 1980, os moradores convenceram o estado do Alasca a realizar um estudo sobre o caso. Pouco mais de 15 anos depois, em1996, eles já votavam a favor da realocação para Mertavik.

Segundo Stanley Tom, administrador do governo tribal de Newtok, os moradores devem começar a se mudar em 2012. As primeiras casas estão reservadas para os mais idosos, dessa forma os jovens os acompanharão nesse período de transição até que possam construir suas próprias residências.

“Eu não tenho idéia do custo da realocação. Quando estivermos todos lá, talvez saibamos”, comentou Tom.Yereth Rosen 

Residentes de uma pequena vila esquimó  Yup"ik estão se preparando para se tornar os primeiros refugiados climáticos dos Estados Unidos porque suas casas estão literalmente perdendo o chão com o derretimento da “permafrost” (solo formado por terra, rochas e gelo que permanece permanentemente congelado em toda a faixa do Ártico).

Eles moram em Newtok, uma aldeia de 350 pessoas que está sofrendo um sério problema de erosão pelo Rio Ninglick.

Agora eles estão construindo uma nova vila chamada Mertarvik, em um local mais alto, com a ajuda do Departamento da Defesa dos EUA. Os esquimós devem se mudar para lá em 2012.

Newtok fica a cerca de 805 km a oeste de Anchorage e muito distante de qualquer estrada está entre as aproximadamente 200 vilas nativas que o governo norte-americano avaliou como em risco, devido às inundações e à erosão, ligadas ao aquecimento do clima da região. Nos piores casos, a permafrost está sendo devorada por grandes ondas causadas pelas águas recém descongeladas das geleiras.

Em quatro locais, incluindo Newtok, as condições são tão perigosas que outras vilas inteiras também têm planos para se realocar, afirmam engenheiros do exército. Eles estimaram em 2006 que essas vilas tinham menos de 10 anos até que seus lares fossem destruídos.

Porém, exceto por Newtok, pouco progresso houve nessas realocações desde então, afirmou o Gabinete de Contas Governamentais.

O Gabinete culpa o alto custo, até US$ 200 milhões por vila, pelo pouco avanço e a falta de qualquer agência governamental em assumir responsabilidade para cuidar do problema.

Treinando para o Iraque

“Será que eu morrerei antes de ver isso resolvido? As pessoas estão se preparando a mais de 20 anos e elas estão cansadas”, afirmou MIllie Hawley, coordenadora ambiental de uma outra vila em risco, Kivalina.

Para Newtok, o custo da realocação foi avaliado há alguns anos em US$ 130 milhões.

Porém, coletando recursos de vários locais, como ONGs, e fazendo boa parte do trabalho eles mesmos, os moradores da vila estão conseguindo baratear esse custo.

Eles dividiram o problema em partes e estão contando com a ajuda da marinha e dos fuzileiros navais, que estão em treinamento na região.

Os militares chegaram em Newtok no ano passado e lançaram um programa de construção que esperam servir de modelo para a reurbanização de zonas de guerra, como o Afeganistão e o Iraque.

A campanha para mover Newtok começou há décadas. No começo dos anos 1980, os moradores convenceram o estado do Alasca a realizar um estudo sobre o caso. Pouco mais de 15 anos depois, em1996, eles já votavam a favor da realocação para Mertavik.

Segundo Stanley Tom, administrador do governo tribal de Newtok, os moradores devem começar a se mudar em 2012. As primeiras casas estão reservadas para os mais idosos, dessa forma os jovens os acompanharão nesse período de transição até que possam construir suas próprias residências.

“Eu não tenho idéia do custo da realocação. Quando estivermos todos lá, talvez saibamos”, comentou Tom.

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