Recife melhorou índices, mas tem déficit de quase 60% na coleta de esgoto.Do G1 PE 1 comentário Universalização do saneamento na RMR vai custar R$ 3,8 bilhões (Foto: Katherine Coutinho / G1)Um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas a partir de um pedido do Instituto Trata Brasil constatou que, com exceção do Recife, todas as 14 cidades da Região Metropolitana apresentaram um retrocesso em algum dos três índices de saneamento básico avaliados. A pesquisa foi apresentada durante o seminário “Desafios do saneamento básico em metrópoles da Copa de 2014”, que acontece no Recife, nesta terça-feira (18), no Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, na UFPE.
Os índices avaliados são abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto na RMR. Apenas 42% do volume de água consumido são tratados, segundo dados do estudo. Os municípios de Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista, que representam 1,3 milhão de habitantes, apresentaram uma piora em todos os três índices entre 2000 e 2010. Nas cidades litorâneas da RMR, 549 mil residências não contam com cobertura de esgoto. A única cidade da região a apresentar melhora nos índices foi o Recife, mas ainda assim apresenta um déficit de quase 60% na coleta de esgoto.
De acordo com o Plano Nacional de Saneamento (Plansab), do Governo Federal, serão necessários R$ 3,8 bilhões para a universalização dos serviços de saneamento e água na região. De acordo com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, um dos maiores desafios é vencer a burocracia. “Precisamos do dinheiro para adequar o sistema. Para conseguirmos o dinheiro precisamos de uma licença ambiental e só teremos a licença se adequarmos o sistema. Ficamos no ciclo vicioso”, afirma. O presidente da Trata Brasil, Edson Carlos, explica que a diminuição do déficit reflete positivamente na saúde. “Constatamos através do estudo que a melhora no saneamento básico diminui os casos de internações por problemas gastrointestinais e os casos de mortalidade infantil, além de aumentar a expectativa de vida”.
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